Diácono permanente é ordenado para o serviço da Igreja em São José de Ribamar
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Dom José Belisário durante homilia |
Durante a terceira noite do Grande Festejo de São José de Ribamar, o Padroeiro do Maranhão, a Arquidiocese de São Luís ganhou mais dois diáconos permanentes para o serviço da Igreja, Werley Leite, Santuário São José de Ribamar, e José Castro, Paróquia Nossa Senhora da Glória e São Judas Tadeu.
Dom José Belisário, arcebispo metropolitano, presidiu a santa missa de ordenação concelebrada por Dom Esmeraldo Barreto,
bispo auxiliar, párocos solidários, padres, freis, e diáconos convidados, inclusive, o Santuário contou com a presença do coordenador
nacional do diaconato permanente Zeno konzen, RS, para a celebração.
Werley Leite reside na cidade balneária,
é militar, casado, e desenvolve trabalhos pastorais atualmente no Ministério da Catequese, donde foi chamado pelos párocos para o serviço do diaconato. Mais fotos podem ser visualizadas no álbum online Santuário e para aqueles que desejarem assistir a santa missa de ordenação diaconal, pode conferir a matéria na Web TV Santuário.
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Padre Cláudio e diácono Werley durante investidura |
A ordem do diaconado* - A literatura patrística atesta desde o princípio esta estrutura
hierárquica e ministerial da Igreja, integrando o diaconado. Para S. Inácio de
Antioquia(16) uma Igreja particular sem bispo, presbítero e diácono, parece
impensável. Ele sublinha como o ministério do diácono não é outro que « o
ministério de Jesus Cristo, o qual antes dos séculos estava junto do Pai e
apareceu no fim dos tempos. Com efeito, não são diáconos para comidas ou
bebidas, mas ministros da Igreja de Deus ». A Didascalia Apostolorum(17)
e os Padres dos séculos sucessivos, bem como os diversos Concílios(18) e a
praxe eclesiástica(19) testemunham a continuidade e o desenvolvimento de tal
dado revelado.
A instituição diaconal foi florescente na
Igreja do Ocidente, até ao
século V; depois, por várias razões, ela conheceu um lento declínio, acabando
por permanecer só como etapa intermédia para os candidatos à ordenação
sacerdotal.
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Werley Leite recebe imposição das mãos episcopal |
O Concílio de Trento dispôs que o diaconado permanente fosse retomado,
como era antigamente, segundo a natureza própria, como função originária na
Igreja.(20) Mas tal prescrição não encontrou actuação concreta.
Foi o Concílio Vaticano II a estabelecer que o diaconado pudesse « no
futuro ser restaurado como grau próprio e permanente da hierarquia..., (e) ser
conferido a homens de idade madura, também casados, e bem assim a jovens
idóneos, para os quais porém deve permanecer em vigor a lei do celibato »,
segundo a tradição constante.(21) As razões que determinaram esta opção foram
substancialmente três: a) o desejo de enriquecer a Igreja com as
funções do ministério diaconal que doutra maneira, em muitas regiões,
dificilmente poderiam ser exercidas; b) a intenção de reforçar com
a graça da ordenação diaconal aqueles que, de facto, já exerciam funções
diaconais; c) a preocupação de prover de ministros sagrados as regiões
que sofriam de escassez de clero. Estas razões mostram que a restauração do
diaconado permanente não quis, de maneira nenhuma, prejudicar o significado, o
papel e o florescimento do sacerdócio ministerial que deve ser sempre procurado
generosamente mesmo em virtude do seu caracter insubstituível.
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José Ribamar no rito de imposição das mãos |
Guiadas pela legislação universal, muitas Conferências Episcopais
procederam e procedem ainda, com a prévia aprovação da Santa Sé, à restauração
do diaconado permanente nas suas nações e à redacção de normas complementares
sobre o assunto.
*fonte: vaticano.com