Santos Reis: os primeiros peregrinos cristãos


No dia 06 de janeiro, comemora-se o dia de Reis que, segundo a tradição católica, lembra a visita de Três Reis Magos ao recém-nascido Jesus de Nazaré. Gaspar oferece incenso, apontando para a divindade de Jesus. Melchior é aquele que traz ouro, representando a realeza de Cristo e Baltazar presenteia o recém-nascido com mirra, apontando para a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.
Segundo o texto bíblico, os Santos Reis foram guiados por uma estrela e representam os diferentes povos de diversos contextos do mundo antigo, que reconhecem Jesus Cristo como Salvador da humanidade.
A data também é conhecida por
encerrar os festejos natalinos e motiva

muita gente a desmontar árvores de natal, presépios e demais enfeites. “É uma tradição que passa de geração para geração. A cada natal, preparamos presépios e meditamos os mistérios de Deus e do nascimento de seu Filho Jesus. A cena é especial, um casal, pobre de dinheiro, mas rico da graça de Deus, dá à luz um Menino, que recebe o nome de Jesus. Essa narrativa, contada na Bíblia, especialmente nos primeiros capítulos do evangelho de São Lucas, é celebrada com muita fé por várias famílias católicas”, conta o vice-reitor do Santuário, padre Gutemberg Feitosa.
Além disso, outra tradição marca essa época do ano, a “queimação de palhinhas”. O ato veio de Portugal e é muito evidente no Maranhão. Ao som de ladainhas e orações, fiéis desmontam o presépio e queimam galhos de uma planta chamada “murta”, produzindo um cheiro agradável no ambiente.
Um misto de cultura e fé na casa do Padroeiro do Maranhão
No Santuário, o Dia de Reis não poderia
ser diferente. A tradição fica por conta da “Dança de Reis”, que acompanha a famosa “Queimação de Palhinhas do Santuário”. “Esse momento é de muita satisfação pra gente. A nossa dança já se apresenta há mais de 20 anos neste Santuário e já faz parte da nossa história”, relata Terezinha Melo, dançarina do grupo “Reis do Oriente”.
O momento foi antecedido pela Santa Eucaristia, celebrada pelo pároco solidário padre Irailson Dias. “As nossas manifestações culturais são uma bênção de Deus. Elas colaboram com a evangelização e prestam homenagem principalmente ao menino Jesus”, explica.
Dentre as diversas histórias, dona
Esmeralda, legionária no Santuário, nos conta que a dança de Reis existe há muito tempo e já faz sua apresentação dentro da igreja do Padroeiro do Maranhão desde os anos 80.