No dia de finados, Santuário celebra missa em cemitério municipal.



   “Para nós, cristãos, a ressurreição de Jesus é maior que a morte”. Assim definiu Pe Irailson Barbosa, durante a celebração dos fiéis defuntos, na tarde deste domingo (02), no cemitério municipal de São José de Ribamar.    A solenidade é tradicional não só na cidade, mas em todo o mundo, quando se celebra o dia de finados.
   O pároco solidário ainda enfatizou o caráter que o feriado vem tomando, que foge do real significado da data. “A comemoração deste dia, para muitos, talvez seja um simples momento de lazer; para outros, de tristeza e há também aqueles que o encaram como motivo de esperança, fé e comunhão com Deus”, enfatiza o pároco solidário.
  Entre os fiéis, a aposentada Cristiane Moraes relata que todos os anos vai ao cemitério e reza pela alma de seus entes queridos. “Existem feriados para bebedeiras, farras e tudo. Mas, tem outros que servem para que nós, cristãos, possamos nos confraternizar e pedir a Deus que nos ilumine em nossa caminhada”, relata.

Vaticano*

  No Angelus deste domingo (02), o Papa Francisco destacou que a celebração de finados e a Solenidade de Todos os Santos, celebrada no sábado, são duas ocorrências intimamente ligadas entre si, do mesmo modo que a alegria e as lágrimas encontram em Jesus uma síntese que é o fundamento da nossa fé e da nossa esperança.
 “Por um lado a Igreja, peregrina na história, se alegra com a intercessão dos santos e beatos que a apoiam na sua missão de anunciar o Evangelho, e por outro lado ela, como Jesus, partilha as lágrimas daqueles que sofrem a separação dos seus entes queridos e, como Ele e com Ele, eleva o seu agradecimento ao Pai que nos libertou do domínio do pecado e da morte”.
  Francisco explicou que o cemitério é um “lugar de repouso”, à espera do despertar final, e foi o próprio Jesus que revelou que a morte do corpo é como um sono do qual ele nos desperta. “É, pois, com esta fé que devemos olhar para os túmulos dos nossos entes queridos, daqueles que nos amaram e nos fizeram algum bem”, afirmou.
  O Santo Padre disse que hoje os fiéis são chamados a recordar a todos, mesmo aqueles que ninguém se lembra. “Recordemos as vítimas da guerra e da violência; tantos ‘pequenos’ do mundo esmagados pela fome e pela pobreza. Recordemos os irmãos e as irmãs mortos por serem cristãos; e aqueles que sacrificaram a vida para servir aos outros. Confiemos ao Senhor especialmente aqueles que nos deixaram ao longo do último ano”.
 A tradição da Igreja sempre exortou os fiéis a rezarem pelos falecidos, em particular, com o oferecimento de uma Missa, explicou o Papa. Segundo ele, a Celebração Eucarística é a melhor ajuda espiritual para dar às almas, especialmente às mais abandonadas.
  E destacou que o fundamento desta oração pelos defuntos está na comunhão do Corpo Místico pois, como diz o Concílio Vaticano II, “a Igreja peregrina sobre a terra, bem ciente desta comunhão de todo o corpo místico de Jesus Cristo, desde os primeiros tempos da religião cristã, tem honrado com grande piedade a memória dos mortos”.
 “A memória dos defuntos, o cuidado pelas sepulturas e os sufrágios são o testemunho de confiante esperança, enraizada na certeza de que a morte não é a última palavra sobre o destino do ser humano, porque o homem está destinado a uma vida sem limites, que tem a sua raiz e a sua realização em Deus”.


*Com informações da CNBB