Faltam poucos dias para o maior evento católico de São Luís
Arquidiocese de
São Luís está nos preparativos finais para solenidade de Corpus Christi, no
Aterro do Bacanga.
A
Arquidiocese de São Luís celebra no dia 26 de maio, no Aterro do Bacanga, a
Solenidade de Corpus Christi. A festa é uma das datas mais importantes do
calendário católico e traz como tema: A Eucaristia nos compromete com o direito
e a justiça. O tema recupera a proposta da Campanha da Fraternidade Ecumênica
deste ano, que trata do cuidado com a “Casa Comum”, temática da encíclica do
papa Francisco que aborda, sobretudo, a Ecologia.
"Jesus
não nos deixou sozinhos, se faz pão para nos alimentar na caminhada e dar
continuidade ao seu projeto de vida. E uma vida cristã que não se alimenta na
Eucaristia, pode enfraquecer-se, fragilizar-se", afirma o Coordenador
Arquidiocesana de Pastoral, padre Crizantônio da Conceição Silva.
A
festa do ‘Corpo e Sangue de Cristo’ é um evento religioso tradicional na
capital maranhense. Embora seja uma data móvel, ocorre em todo o mundo. Mesmo
que cada paróquia tenha suas particularidades, existe algo comum a elas neste
período: o louvor e a adoração ao Santíssimo Sacramento do Corpo e Sangue de
Cristo, a Eucaristia. pPara expressar esse louvor, são muitas as paróquias e
comunidades que adornam as igrejas, enfeitam as ruas e confeccionam tapetes (de materiais reciclados) por onde passa
a procissão de Corpus Christi. Feito de materiais reciclados como pó de café,
serragem, cascalho, casca de ovo, sal grosso, entre outros, o tapete é
preparado pelos fieis durante a noite e madrugada anterior, ou mesmo no dia da
procissão.
O
evento organizado pela Arquidiocese de São Luís se inicia às 14h30, com a
concentração e chegada dos fiéis – uma grande parte em caravanas - de diversos
bairros e comunidades da Grande São Luís e das cidades que compõem a região
continental da Arquidiocese. Após a chegada do público, que é acolhido com
muita animação pelos grupos musicais católicos, será iniciada, as 15h, a oração
do Terço da Misericórdia. As 17h, haverá a Missa Solene presida pelo arcebispo metropolitano,
dom José Belisário da Silva, e concelebrada pelo bispo auxiliar, dom Esmeraldo
Barreto, e por bispos convidados, presbíteros e diáconos, em representação as
mais de 50 paróquias da Arquidiocese.
Procissão – Após a missa
será realizada, por volta das 18h30, uma grande procissão luminosa saindo do
Aterro do Bacanga, percorrendo a Avenida Beira Mar em direção a praça Maria
Aragão, onde o arcebispo dará a benção do Santíssimo Sacramento, às 20h. Neste
ano, o Aterro do Bacanga foi escolhido novamente para receber a solenidade de
Corpus Christi após o sucesso de 2015. O público e a coordenação do evento
ficaram satisfeitos com a infraestrutura do local e os resultados, de um modo
geral.
A
festa de Corpus Christi é um evento arquidiocesano que mobiliza todas as
paróquias de São Luís, ou seja, padres, diáconos, seminaristas, religiosos e
religiosas, ministros leigos (por exemplo: os da Eucaristia e Palavra) e todo o
povo de Deus. Assim como no ano passado, a Arquidiocese preparou um KIT Corpus
Christi para cada fiel, composto por uma camisa, uma mochila, uma vela e um
protetor de chamas. O kit custa R$ 25,00 e pode ser adquirido na sede da
Arquidiocese, na Praça Pedro II – Centro, nas paróquias, ou no dia do evento,
no Aterro do Bacanga.
Origem – A expressão
Corpus Christi é de origem latina e significa “Corpo de Cristo”. Essa solenidade
acontece sempre na quinta-feira depois do dia de Pentecostes. A celebração teve
origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana
de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o
mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. “Celebrar a ceia
eucarística é a celebrar a presença de Jesus em nosso meio”, exemplifica dom José
Belisário da Silva, arcebispo de São Luís.
Em
1264, o Papa Urbano IV, através da Bula Papal "Trasnsiturus de hoc
mundo", estendeu a festa para toda a Igreja. A procissão com a Hóstia
consagrada, conduzida em um ostensório pelas ruas, é datada de 1274. Porém,
segundo historiadores, foi na época barroca que a tradição ganhou força.