Procissão do encontro no Santuário
Na sexta-feira que antecedeu a Semana Santa, 29, as 15h, fiéis da paróquia São José de Ribamar realizaram a procissão do encontro saindo da comunidades Nossa Senhora das Graças, Campina, e São Benedito. Maria e José foram acompanhados pelos fiéis vindos da Campina e Jesus por aqueles que vieram da São Benedito. A procissão seguiu pela avenida principal em direção ao Santuário e, em seguida, houve a santa missa presidida pelo pároco solidário Irailson Dias. Os grupos
MEJ, Apostolado da Oração e Legião de Maria estiveram presentes na celebração eucarística.
Na homilia padre Irailson lembrou a importância de rememorar esta passagem e levou os fiéis presentes a refletirem as dores de Maria santíssima ao vê seu filho entregue as mãos dos pecadores. Toda
a comunidade presente acompanhou atentamente as reflexões. Depois da santa comunhão, o padre lembrou também o papel fundamental de José na vida de Jesus e convidou a assembléia para pedirem em sua vidas igual intermédio.
Procissão do encontro e a Semana Santa*
Em muitas regiões do Brasil, com especial destaque
para Minas Gerais, encontramos expressões populares na celebração da Semana
Santa. Vários foram os motivos que levaram a isso. Entre eles estão certamente
a língua, a clericalização da liturgia e seu caráter muito intelectual.
Criou-se, assim, um certo paralelismo entre a Liturgia romana e a expressão
popular. Importa, no entanto, compreender e valorizar essas formas populares,
para, a partir delas, se chegar a uma vivência maior dos mistérios de Cristo pelo
Rito romano e realizar uma possível integração das expressões populares.
A celebração popular da Semana Santa comemora
essencialmente o mesmo Tríduo pascal da Paixão-Morte, Sepultura e Ressurreição
do Senhor. Ela
o faz ao ar livre através de procissões.
Assim, os Passos da Paixão são vividos na Procissão
do Encontro. Podemos valorizar todo um conteúdo ligado ao encontro entre Deus e
a humanidade, depois do desencontro por causa do pecado. O encontro de Jesus
com sua Santíssima Mãe no caminho do Calvário representa o encontro da
humanidade com seu Deus, encontro que passa pelo mistério da cruz. Esta
procissão é realizada no Domingo de Ramos, na Terça ou na Quarta-feira da
Semana Santa. Isso tem seu motivo. Na Liturgia anterior à reforma da Semana
Santa, nesses dias se proclamava a Paixão de Jesus conforme os sinóticos. A
agonia e a morte de Jesus recebem um destaque especial através do Sermão das
Sete Palavras. Trata-se de
uma celebração da Palavra de Deus, com proclamação
da Palavra, o canto, a homilia e a oração, em sete etapas.
A Sepultura do Senhor é comemorada pelo
Descendimento da Cruz, com pregação, a Procissão do Senhor morto e o sermão da
Soledade. Tendo sido a semente lançada à terra, o Senhor repousa na esperança
da ressurreição.
Finalmente, temos a Procissão do Senhor
ressuscitado, realizada, em geral, após a Missa da Vigília. Em outros lugares,
na madrugada ou na manhã da Páscoa. É a procissão do triunfo de Jesus Cristo
sobre a morte, vivo e presente na Igreja, sobretudo no mistério da Eucaristia.
Às vezes, temos uma quarta procissão, sem contar outras procissões de menor importância: a do Triunfo de Nossa Senhora. Em
certas cidades é realizada na tarde do Domingo da Páscoa. A humanidade
triunfante com Cristo é representada por Maria. Outras vezes ela é solenemente
coroada após a Procissão da Ressurreição do Senhor.
A participação popular caracteriza as celebrações:
os leigos são os agentes, enquanto o clero acompanha. Sobressaem a linguagem
visual e a ação, sobretudo pelo andar.